Em Tron: O Legado, 25 anos se passaram e conhecemos Sam Flynn, filho de Kevin Flynn e que não por acaso também é um gênio tecnológico como o próprio pai e que depois de começar a investigar seu desaparecimento acaba sendo sugado para o mundo eletrônico descoberto pelo seu próprio pai, que vive lá, preso por vários anos. Mas é claro que existem mais coisas por trás disso tudo, porém eu vou deixar você descobrir e entender (não é fácil) a história que há além de tudo isso.
Sem dúvida alguma, Tron: O Legado é um filme muito bonito, com cenas de encher os olhos. A escuridão presente no mundo eletrônico (A Grade) acaba combinando com as cores azul e vermelho, é estranho como um filme tão escuro pode ser tão claro... O 3D é muito bacana, vale à pena sim colocar os óculos e pagar um pouco mais caro para conferir o filme no formato, mas como não assisti o filme em 2D não posso lhe dizer o quão grande é essa diferença.
Alguns personagens são carismáticos, porém, mal trabalhado, o próprio protagonista não tem muita personalidade, mas nada que a Olivia Wilde não salve com a encantadora Quorra. Temos até um Charada do mundo eletrônico! O personagem Castor fala, anda e age como o Nigma de Jim Carrey, com direito até à poses semelhantes, sério, é impossível olhar pro personagem e não esperar um: “Pode me chamar de... CHARADA!”.
O grande problema em Tron: O Legado está na forma que o mundo que conhecemos no filme de 1982 foi reconstruído. Não sei quanto a você, mas eu não consigo imaginar programas de computadores se divertindo em uma balada e até bebendo, dançando... É claro que podemos ver na trama do filme que aquele mundo evoluiu, se desenvolveu, mas neste filme, perdeu-se a idéia fixa de que estamos dentro de um mundo eletrônico, computadorizado, pois em Tron: O Legado, há momentos que em que parece que estamos num mundo como o nosso, porém, com pessoa vestidas de um jeito bizarro.
A trilha sonora do filme, que foi feita pela dupla Daft Punk, é incrível! Combina perfeitamente com o filme, claro, porém, em certos momentos ela não combina com o que está acontecendo no filme, em certos momentos falta a combinação entre clima e música.
Tron: O Legado chegou e decepcionou, apesar de belo e animador, o filme tinha realmente um legado brilhante deixado pelo seu antecessor, porém, ele parece ter sido ignorado e foi nisso que o filme se prejudicou, pois você pode perceber que caso o legado deixado pelo Tron de 1982 tivesse sido utilizado talvez por mãos mais experientes, nós teríamos um filme que cumpriria todas as promessas que fez.
Nota: 6.
Tron: O Legado.
Tron: Legacy.
EUA, 2010 – 125 Minutos.
Direção: Joseph Kosinski
Roteiro: Edward Kitsis, Adam Horowitz.
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