quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Tron: O Legado.

Vinte e oito anos se passaram desde que Tron foi lançado e agora a sua continuação chegou aos cinemas para mostrar se realmente é tudo aquilo que ele mostra nos trailers. E afinal, ele realmente é?

Em Tron: O Legado, 25 anos se passaram e conhecemos Sam Flynn, filho de Kevin Flynn e que não por acaso também é um gênio tecnológico como o próprio pai e que depois de começar a investigar seu desaparecimento acaba sendo sugado para o mundo eletrônico descoberto pelo seu próprio pai, que vive lá, preso por vários anos. Mas é claro que existem mais coisas por trás disso tudo, porém eu vou deixar você descobrir e entender (não é fácil) a história que há além de tudo isso.

Sem dúvida alguma, Tron: O Legado é um filme muito bonito, com cenas de encher os olhos. A escuridão presente no mundo eletrônico (A Grade) acaba combinando com as cores azul e vermelho, é estranho como um filme tão escuro pode ser tão claro... O 3D é muito bacana, vale à pena sim colocar os óculos e pagar um pouco mais caro para conferir o filme no formato, mas como não assisti o filme em 2D não posso lhe dizer o quão grande é essa diferença.

Alguns personagens são carismáticos, porém, mal trabalhado, o próprio protagonista não tem muita personalidade, mas nada que a Olivia Wilde não salve com a encantadora Quorra. Temos até um Charada do mundo eletrônico! O personagem Castor fala, anda e age como o Nigma de Jim Carrey, com direito até à poses semelhantes, sério, é impossível olhar pro personagem e não esperar um: “Pode me chamar de... CHARADA!”.

O grande problema em Tron: O Legado está na forma que o mundo que conhecemos no filme de 1982 foi reconstruído. Não sei quanto a você, mas eu não consigo imaginar programas de computadores se divertindo em uma balada e até bebendo, dançando... É claro que podemos ver na trama do filme que aquele mundo evoluiu, se desenvolveu, mas neste filme, perdeu-se a idéia fixa de que estamos dentro de um mundo eletrônico, computadorizado, pois em Tron: O Legado, há momentos que em que parece que estamos num mundo como o nosso, porém, com pessoa vestidas de um jeito bizarro.

A trilha sonora do filme, que foi feita pela dupla Daft Punk, é incrível! Combina perfeitamente com o filme, claro, porém, em certos momentos ela não combina com o que está acontecendo no filme, em certos momentos falta a combinação entre clima e música.

Tron: O Legado chegou e decepcionou, apesar de belo e animador, o filme tinha realmente um legado brilhante deixado pelo seu antecessor, porém, ele parece ter sido ignorado e foi nisso que o filme se prejudicou, pois você pode perceber que caso o legado deixado pelo Tron de 1982 tivesse sido utilizado talvez por mãos mais experientes, nós teríamos um filme que cumpriria todas as promessas que fez.

Nota: 6.

Tron: O Legado.

Tron: Legacy.

EUA, 2010 – 125 Minutos.

Direção: Joseph Kosinski

Roteiro: Edward Kitsis, Adam Horowitz.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada.

Em 2009, quando a Disney anunciou que havia abandonado a produção de As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada, confesso que fiquei feliz. Nárnia foi feito para crianças, claro, mas com a Disney envolvida nos dois primeiro filmes, fez com que eles ficassem extremamente infantis e eles já começaram errado optando por lançar os filmes sem fidelidade à ordem cronológica dos eventos, mas sim, apenas se importando em contar as história vividas pelos Filhos de Adão em Nárnia. Pois bem, Disney está fora de jogo e agora temos o melhor filme da série até aqui, mas que errou na fidelidade à obra original e não digo isso quanto à fidelidade à história, mas sim a essência da história o que torna o erro ainda mais grave.

Voltamos a Nárnia desta vez acompanhados apenas dos dois irmãos mais novos, Lucia e Edmundo e Eustaquio, o primo insuportável que só sabe reclamar. Nárnia está a salvo, não há guerras, porém os três humanos embarcam no Peregrino da Alvorada e exploram os mares de Nárnia atrás das Sete Espadas dos Sete Fidalgos que estão espalhadas em diversas ilhas para reuni-las e banir o Mal que ameaça dominar Nárnia outra vez.

Os cenários do filme são impressionantes e belos, mas não ao ponto de me deixar com vontade de assistir o filme em 3D. A atuação dos atores não está ruim, você claramente o trabalho bem feito do elenco principal que se esforça para manter fidelidade ao caráter de seus personagens. O filme contém uma boa dose se humor, o que não atrapalha em nada, apenas deixa a trama mais agradável, leve e menos chata, quebrando a chatice dos filmes anteriores. As cenas de ação são divertidas e empolgantes, muito diferentes das cenas de ação dos dois primeiro filmes que são fracas e sem empolgação alguma.

O grande erro de Nárnia 3 está na fidelidade a essência do material original. As lições de moral, as ilustrações ao Cristianismo... Enfim, os princípios que C. S. Lewis tenta transmitir aos leitores é praticamente invisível no filme e foi neste ponto que o filme errou feio, o que pode deixar os fãs fiéis da Saga ainda mais decepcionados ou insatisfeitos.

As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada é um bom filme, supera os seus antecessores em todos os aspectos, pois diverte, empolga, mas não causa o impacto que deveria causar, pois apesar de ser fiel ao enredo, ele não foi fiel a mensagem que deveria transmitir, fazendo com que assim o filme perca seu verdadeiro objetivo.

Nota: 7.

As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada.

The Chronicles of Narnia: The Voyage of the Dawn Treader.

EUA, 2010 – 115 minutos.

Aventura/Fantasia.

Direção: Michael Apted.

Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely, Michael Petroni.

Halo Reach.

Games no estilo First Person Shooter* nunca foram os meus favoritos, mas confesso que de um tempo pra cá alguns títulos chamaram a minha atenção. Tudo começou com Medal of Honor: Vanguard no meu saudoso Playstation 2 – um minuto de silêncio, por favor – e a hoje a minha saga de descobertas de games FPS continua no Xbox 360.

Na madrugada de 27 de dezembro eu concluí Halo Reach. Apesar de eu ter gostado muito de outro títulos como Halo 3 ODST e o impecável Call of a Duty: Modern Warefare 2, foi Halo Reach quem me satisfez, me divertiu e me deixou com os olhos brilhando ao fechar o game no modo Lendário, depois de horas e horas morrendo e matando –mais morrendo que matando- Covenants.

O game nos leva a eventos que antecedem os eventos do primeiro game da franquia e nos leva a Reach, um planeta colonizado por humanos que sofreu um ataque da raça alienígena e que um dia já foi local de treinamento do grande Master Chief, líder dos soldados Spartan.

O enredo do game e o modo que ele é narrado nos trás uma experiência cinematográfica ainda mais surpreendente que a do game CofD: MW2. Contendo muitos elementos dos outros games franquia, a jogabilidade de Halo Reach sofreu leves mudanças e isso não atrapalha em nada, muito pelo contrário, tornou o game muito mais agradável e divertido de se jogar. Os gráficos são impecáveis, os cenários são belíssimos e tudo no game tem um bom acabamento gráfico. Outra coisa impecável no game é a dublagem, é extremamente raro ver games com uma dublagem tão fiel e bem feita, mas Halo Reach tem isso.

Com fases que variam de tiroteios que parecem impossíveis de sobreviver até pilotagem de naves e jetpacks, o game empolga e faz com que você se sinta um verdadeiro soldado Spartan, pois ele trás a sensação de que é você quem está ali dentro do jogo e não como se você estivesse controlando um personagem qualquer.

Não há nada melhor do que jogar com amigos, pois o multiplayer do jogo é muito bem trabalhado, mas peca apenas no fato de poucos mapas estarem disponíveis, porém, isso pode ser resolvido com uma visita ao Market Place. A possibilidade de adquirir uma habilidade especial incluída neste título foi uma grande surpresa, você pode escolher entre correr, criar um holograma e enganar o inimigo, usa um jetpack, ficar invisível, criar um campo de força e até mesmo criar uma barreira de energia em volta do corpo que explodirá depois de um tempo e causará dano a quem está a sua volta. No modo multiplayer você pode escolher entre uma delas para usar e durante a Campanha você pode ir trocando de habilidade a medida que o jogo avança.

O que mais me divertiu em Halo Reach foi o fato de que pela primeira vez você é capaz de criar o seu próprio soldado customizando sua armadura, cor e etc. e ao decorrer do jogo você vai liberando mais alguns itens que pode aprimorar seu desempenho quando equipados.

Enfim, Halo Reach levou a série que vendeu milhões e milhões a uma melhoria surpreendente, conseguindo deixar o que era divertido ainda mais legal de se jogar. E agora, tudo o que resta aos fãs é esperar que sem a Bungie, o game consiga satisfazer os fãs como fez neste último título.

Nota: 10.

Halo Reach

Bungie

14/09/2010

FPS , Ficção Científica, Ação.


terça-feira, 7 de dezembro de 2010

The Walking Dead


Dia 31 de outubro de 2010, estreiou lá fora pela AMC, The Walking Dead. Baseada nas HQs de mesmo nome e com apenas seis episódios a série foi ar todos os domingos nos EUA e todas as terças pela FOX aqui no Brasil e chegou ao fim, porém, antes mesmo de todos os episódios irem ao ar, uma segunda temporada já foi confirmada para o final de 2011.

A história gira em torno de Rick Grimes, que depois de acordar de um coma encontra o mundo devastado por zumbis. E em busca da mulher e do filho ele acaba se juntando a um grupo de humanos para sobreviver ao apocalipse zumbi.

Quando eu assisti ao episódio piloto eu fiquei realmente empolgado com a série, ela trazia tudo que uma história zumbi precisava para ser boa e tinha algo mais ali.

Mas afinal, a série foi boa? Resposta: YEAH! The Walking Dead é uma série boa, porém, possuí suas falhas aqui e ali. O tema em si já faz de The Walking Dead uma coisa interessante, não é nada comum uma série que se trata de sobrevivência ao meio de um mundo infestado de zumbis, mas o modo que a trama é desenvolvida, a caracterização de cada personagem e atmosfera são algo que não estão na série com a força que faria da série uma série épica. Isso se deve a atuação dos atores que às vezes não são nada convincentes, porém, isso é algo que se pode relevar, pois quem acha a atuação do sexteto de FRIENDS impecável nos primeiro episódios da série? Resta termos esperança de que no futuro isso seja mais estudado e desenvolvido, pois nos episódios que a série tenta fazer isso, eles ficam insuportavelmente monótonos e deixa a série com ar de novela mexicana. As cenas de ação, a maquiagem dos zumbis são bem bacanas e eu acho que isso contribuiu bastante para que a série ganhasse os grandes números de audiência que recebeu.

Em suma, The Walking Dead é isso, uma série que começou bem, errando em alguns pontos, porém fazendo jus a mitologia que adotou e agora chegou ao fim deixando quem acompanhou a série implorando pela segunda temporada e na esperança de que todos os erros sejam concertados fazendo com que a série seja épica, pois há potencial para isso com todo o material que a AMC tem em mãos graças às HQs, que cá entre nós, só de dar um olhada por cima já dá pra deduzir o quanto esse universo criado por Robert Kirkman é sensacional.

Nota: 8.

The Walking Dead
AMC, EUA, Terror, Drama
50 a 60 minutos por episódio
6 episódios
Frank Darabont

Baseado nas obras "The Walking Dead" de Robert Kirkman.