sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte Um.

Estes são tempos sombrios, não há como negar” – são essas as primeiras palavras que abre o desfecho da Saga que está do meu lado desde quando eu me entendo por gente. Foram anos de angústia, empolgação, loucuras fanáticas, anseio pelo que estava por vir e tudo isso estava misturado com o desespero de que o fim estava chegando.

E o fim chegou.

Harry Potter marcou a minha infância e toda a minha adolescência e a melhor coisa que J.K.Rowling proporcionou aos fãs da série foi a possibilidade de crescermos juntos com a história. Depois de anos, acho que agora os fãs realmente podem dizer que receberam um filme digno e que faz jus ao universo que Rowling criou. Eu como pottermaníaco digo isso...

Como adaptação ele está impecável, o livro está lá, mais presente num filme da série do que nunca e você vê claramente tudo no seu devido lugar. Eu li uma dúzia de críticas e todas elas afirmaram que o filme começa agitado, mas depois fica calmo e cria uma atmosfera tensa. Eu não vi isso em nenhum momento, o filme realmente cria uma atmosfera tensa durante toda a fita, mas ele não se acalma em nenhum momento, talvez eu tenha sido o problema, pois eu não consegui me acalmar durante a sessão, eu tinha esperado tanto por aquele momento, ansiado tantos meses... David Yates deu aos fãs da série o que queríamos e o que nenhum outro diretor havia conseguido durante todos esses anos. A atuação do trio principal nunca esteve tão boa, eles entregaram sua melhor atuação em todos os filmes, Rupert Grint e Emma Watson estão fenomenais! A trama narrando a jornada do trio que agora está buscando Horcruxes e uma forma de destruí-las, os coloca a prova e são nesses testes e nessa jornada que vemos o quanto a série evoluí e o quanto Harry Potter deixou de ser coisa de criança. O filme não é fraco (para um filme da série) e mostra o amadurecimento de todos os personagens principais até aqui. Os cenários que abandonaram os corredores e salas de aula de Hogwarts foram para campos, florestas e planícies, são belos e transmitem de alguma forma a sensação de solidão do trio que se vê obrigado a crescer de verdade de uma hora para a outra. Os toques de humor temperam a atmosfera tensa que cobre Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte Um e as cenas de suspense deixam o filme o mais sombrio e sinistro até aqui, com direito até a sustos. A trilha sonora composta agora por Alexandre Desplat se encaixa perfeitamente com o clima criado pelo filme e isso o torna ainda mais sombrio.

Caso você não tenha assistido a todos os filmes você com certeza (além de estar perdendo muito) ficará perdido ao assistir Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte Um, mas caso você tenha assistido pelo menos aos filmes, as coisas podem parecer estranhas para você, como se o filme não tivesse uma conclusão, como se nada se resolvesse, mas pra quem é fã, pra quem leu os livros e acompanha Harry Potter desde o começo, sabe que Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte Um cumpriu seu papel e baseado no livro, o filme é extremamente fiel à parte que adapta e acaba deixando sua mente implorando pela segunda parte e preparada para o que está por vir.

Fato é: o fim está aqui, você queria ou não. Um dos maiores fenômenos da década está finalmente caminhando para a sua conclusão e não há nada que possamos fazer para mudar isso, portanto sente-se, espere e assista ao dramático, empolgante e perfeito final da Saga.

Nota como Pottermaníaco: 10.

Nota: 9.

Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte Um.

Harry Potter and the Deathly Hallows: Parte One.

EUA, Inglaterra, 2010 – 146 minutos.

Drama/Fantasia/Suspense.

Direção: David Yates.

Roteiro: Steve Kloves.

#Vi na pré-estréia e hoje verei novamente na estréia! ROUND TWO! YEAH!

Nenhum comentário:

Postar um comentário