terça-feira, 30 de novembro de 2010

Star Wars: The Force Unleashed II

Quando eu era um sonista* e tinha o meu saudoso Playstation 2, eu pela primeira vez em introduzi no universo Star Wars com o game Star Wars: The Force Unleashed. Eu não cheguei a fechar o game por algum motivo que eu desconheço...

Bom, agora eu sou um caixista** e me introduzi ainda mais no universo Star Wars, pois acredite, somente agora aos 17 anos eu finalmente assistir as duas trilogias e fechei Star Wars: The Force Unleashed. Porém, eu não estou aqui para falar dessa Saga (que são muito legais por sinal), eu estou aqui para falar de Star Wars: The Force Unleashed II, a continuação do game lançado para diversos consoles em 2008.

Diferente do game original, Star Wars: The Force Unleashed II ressuscita Starkiller e nos apresenta um game com gráficos que beiram a perfeição e fazem com que o gamer esqueça as falhas presentes no primeiro game. O cenário é muito bem trabalhado e rico em detalhes, e esse fato faz com que o jogador esqueça os pequenos erros que podem ser encontrados aqui e ali. Os efeitos sonoros são bacanas e combinam com o universo Star Wars...

A história é totalmente paralela ao universo da Saga e infelizmente ela chega a ser fraca e dispensável, pois uma das grande atrações deste game é a jogabilidade! No primeiro game ela não era assim tão aprimorada, mas agora, no segundo ela é bem mais desenvolvida e isso melhora ainda mais com o fato de que agora, Starkiller está munido de duas lightsabers! Os combos impressionam e o modo que ele usa a força e etc. também, porém, isso é a grande atração do game por algumas horas apenas, pois a magia se perde e o game acaba ficando repetitivo e você acaba descobrindo que destruir tudo com raios e lightsabers não é assim tão divertido.

O segundo grande atrativo são algumas seqüências de ação e isso é um problema em partes. Star Wars: The Force Unleashed II é extremamente exagerado em suas seqüências de ação, não é tão exagerado quanto o non-sense da SEGA: Bayonetta, o problema é que o game é extremamente exagerado para um game da Saga Star Wars! Starkiller pode ser considerado o Kratos do futuro! Isso é um problema em partes porque você acaba se empolgando com o game e depois acaba caindo à ficha e você se lembra: “Espera, isso é Star Wars...”. Se Starkiller existisse na Saga ele seria invencível, pois é essa é a mensagem que Star Wars: The Force Unleashed II passa enquanto você joga o game e é essa mesma mensagem que a Trilogia God of War passa e isso meio que bloqueia a mente de quem é fã da Saga e torna a experiência do game um tanto quanto ridícula.

Se você nunca assistiu aos filmes da série e desconhece esse universo o game é uma boa pedida e sim, ele é divertido. Vale sim a pena jogar esse game, porém se você já conhece esse universo pode achar Star Wars: The Force Unleashed II um game exagerado, bonito, porém, extremamente exagerado.

Nota: 7.


Star Wars: The Force Unleashed II

Lucas Art

29/10/2010

Hack n’ Slash Plataforma.

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*Sonista: aquele que possuí um console da Sony.

*Caixista: aquele que possuí um console da Microsoft.




sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte Um.

Estes são tempos sombrios, não há como negar” – são essas as primeiras palavras que abre o desfecho da Saga que está do meu lado desde quando eu me entendo por gente. Foram anos de angústia, empolgação, loucuras fanáticas, anseio pelo que estava por vir e tudo isso estava misturado com o desespero de que o fim estava chegando.

E o fim chegou.

Harry Potter marcou a minha infância e toda a minha adolescência e a melhor coisa que J.K.Rowling proporcionou aos fãs da série foi a possibilidade de crescermos juntos com a história. Depois de anos, acho que agora os fãs realmente podem dizer que receberam um filme digno e que faz jus ao universo que Rowling criou. Eu como pottermaníaco digo isso...

Como adaptação ele está impecável, o livro está lá, mais presente num filme da série do que nunca e você vê claramente tudo no seu devido lugar. Eu li uma dúzia de críticas e todas elas afirmaram que o filme começa agitado, mas depois fica calmo e cria uma atmosfera tensa. Eu não vi isso em nenhum momento, o filme realmente cria uma atmosfera tensa durante toda a fita, mas ele não se acalma em nenhum momento, talvez eu tenha sido o problema, pois eu não consegui me acalmar durante a sessão, eu tinha esperado tanto por aquele momento, ansiado tantos meses... David Yates deu aos fãs da série o que queríamos e o que nenhum outro diretor havia conseguido durante todos esses anos. A atuação do trio principal nunca esteve tão boa, eles entregaram sua melhor atuação em todos os filmes, Rupert Grint e Emma Watson estão fenomenais! A trama narrando a jornada do trio que agora está buscando Horcruxes e uma forma de destruí-las, os coloca a prova e são nesses testes e nessa jornada que vemos o quanto a série evoluí e o quanto Harry Potter deixou de ser coisa de criança. O filme não é fraco (para um filme da série) e mostra o amadurecimento de todos os personagens principais até aqui. Os cenários que abandonaram os corredores e salas de aula de Hogwarts foram para campos, florestas e planícies, são belos e transmitem de alguma forma a sensação de solidão do trio que se vê obrigado a crescer de verdade de uma hora para a outra. Os toques de humor temperam a atmosfera tensa que cobre Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte Um e as cenas de suspense deixam o filme o mais sombrio e sinistro até aqui, com direito até a sustos. A trilha sonora composta agora por Alexandre Desplat se encaixa perfeitamente com o clima criado pelo filme e isso o torna ainda mais sombrio.

Caso você não tenha assistido a todos os filmes você com certeza (além de estar perdendo muito) ficará perdido ao assistir Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte Um, mas caso você tenha assistido pelo menos aos filmes, as coisas podem parecer estranhas para você, como se o filme não tivesse uma conclusão, como se nada se resolvesse, mas pra quem é fã, pra quem leu os livros e acompanha Harry Potter desde o começo, sabe que Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte Um cumpriu seu papel e baseado no livro, o filme é extremamente fiel à parte que adapta e acaba deixando sua mente implorando pela segunda parte e preparada para o que está por vir.

Fato é: o fim está aqui, você queria ou não. Um dos maiores fenômenos da década está finalmente caminhando para a sua conclusão e não há nada que possamos fazer para mudar isso, portanto sente-se, espere e assista ao dramático, empolgante e perfeito final da Saga.

Nota como Pottermaníaco: 10.

Nota: 9.

Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte Um.

Harry Potter and the Deathly Hallows: Parte One.

EUA, Inglaterra, 2010 – 146 minutos.

Drama/Fantasia/Suspense.

Direção: David Yates.

Roteiro: Steve Kloves.

#Vi na pré-estréia e hoje verei novamente na estréia! ROUND TWO! YEAH!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Scott Pilgrim Contra o Mundo.

Eu me lembro que já no auge da minha era nerd, eu estava perambulando por sites de cultura-pop (um dos meus hábitos diários) e por várias vezes eu me deparei com títulos de notícias que anunciavam coisas sobre Scott Pilgrim Contra o Mundo, mas eu nunca havia dado atenção ao filme, pois o nome não havia soado legal para mim. Certo dia, (eu ainda não sabia absolutamente nada sobre o filme) eu cliquei na notícia que mostrava as primeiras imagens oficiais do projeto e me deparei com Michael Cera correndo com uma espada flamejante nas mãos. Aquilo explodiu minha cabeça na hora, primeiro porque era o bosta do Cera e outra, ele estava segurando uma espada flamejante! O Cera! O cara que fez Juno e Superbad! Que não sabe fazer outra coisa a não ser interpretar o mesmo tipo de personagem, empunhando uma flamejante e quebrando o pau por aí? Eu precisa entender aquilo.

Descobri então que Scott Pilgrim Contra o Mundo era a adaptação da HQ criada por Brian Lee O’Malley e que estava sendo levada aos cinemas pelas mãos de Edgar Wright. A história de trata do seguinte: Scott Pilgrim é um cara de vinte dois anos que namora uma colegial de dezessete e vive em Toronto, ele é baixista da banda Sex Bom-Omb e mora com seu colega de quarto gay Wallace Wells (Kieran Culkin) e essa vida estava perfeita para ele, até o surgimento de Ramona Flowers – OI LU! - interpretada por ninguém menos que Mary Elizabeth Winstead. Scott, então, totalmente apaixonado pela moça decide lutar por ela e quando eu digo lutar por ela, entenda isso de maneira literal, pois para ficar com ela, ele deve derrotas a Liga dos 7 Ex-Namorados do Mal! Sim, isso é insano, mas cale a sua mente e verá o quão genial tudo isso é.

Depois de engolir essa história insana eu realmente me interessei pelo filme e quando foram lançados os dois primeiro volumes aqui no Brasil eu logo comprei e li. Eu não vim aqui para fazer a resenha da HQ, mas sim do filme, porém tenho que dizer que fiquei impressionado com o modo que o mundo da cultura pop foi trabalho por O’Malley. As referências ao mundo nerd (principalmente ao vídeo-game) estava tão presente ali que antes mesmo de ler a HQ inteira eu já estava fascinado por Scott Pilgrim Contra o Mundo. E quando eu concluí a leitura e o êxtase passou duas grandes preocupações caíram sobre mim:

1. Scott Pilgrim seria interpretado por Michael Cera.

2. Como Edgar Wright levaria toda aquela magia criada dentro d HQ para as telas?

Pois bem, teaser trailers saíram e tudo parecia bem empolgante e perfeito, mas aquilo só explodia a minha cabeça por alguns instantes, eu queria mesmo ver é como o filme ficaria. Lançado em 13/08/2010 lá fora, o filme ficou em baixa nas bilheterias e isso resultou em adiamentos seguidos de adiamentos para o lançamento aqui e depois de muito enchimento de saco dos fãs a Paramount finalmente lançou os filmes em pouquíssimas salas nacionais em 05/11/2010.

Depois de tanto esperar eu acabei esquecendo o filme e foi achando ele por aí –BAIXANDO- que eu me lembrei dele, pois a espera havia sido tanta que eu até tinha deixado o filme pra lá e decidi esperar pelo DVD.

Quando eu terminei de assistir ao filme a minha vontade foi de começar a assistir outra vez pra que eu terminasse o filme e começasse mais uma vez. EDGAR WRIGHT VOCÊ CONSEGUIU! Scott Pilgrim Contra o Mundo é o melhor filme de 2010 até agora e se você não concorda com isso eu vou lhe explicar o motivo da sua discordância. Assistindo o filme você deve ter pensando: “Nossa! Que louco! Esse cara quebrando o pau com os maluco pela mina e tals!”, mas acorda seu animal! O filme não se trata só disso! O filme se trata também de um cara que passou da hora de acordar e de amadurecer, sobre um cara que precisa de um grande evento em sua vida para tornar-se aquilo que ele realmente é e é exatamente nisso que Scott Pilgrim Contra o Mundo acerta em cheio, porque querendo ou não, todos nós somos assim! Se identificar com Scott é fácil mesmo sendo interpretado por Michael Cera. O cara pela primeira vez atuou de verdade, Scott tá legal nesse filme e valeu Cera, valeu por não ser você não ter interpretado você mesmo neste filme. Mary Elizabeth Winstead é uma das atuações que me fazem tirar o chapéu, Ramona Flowers é um ser complexo e ela está impecável no filme. Wallace é um viadinho engraçado, seu personagem nas telas ficou exatamente como ele é nas HQs. Agora, de modo geral, a sensação que você tem ao assistir o filme é que você está assistindo o jogo de vídeo-game, pois a quantidade de referência ao mundo dos jogos eletrônicos está tão presente no filme quanto está na HQ, e você pode notar isso antes mesmo do filme começar, basta apreciar a vinheta da Universal em qualidade de imagem e som em 8bits. Wright adaptou os seis volumes da HQ para as telas com uma perfeição jamais vista por mim até este presente momento, ele fez muito bem o seu trabalho, pois podemos ver que a interação entre os atores está muito bem trabalhada e há clima! Até a Knives Chau, que é bem chatinha nas HQs ficou uma garota legal no filme, bom trabalho Ellen Wong! A quantidade de informações que bombardeiam a tela durante o filme não deixa você com náuseas ou tonto, você consegue entender todas as seqüências de ação, todos os diálogos rápidos e inteligentes, tudo está muito bem trabalhado no filme, principalmente a trilha sonora que é tão divertida e dinâmica quanto o filme em si.

Scott Pilgrim Contra o Mundo é isso, um filme épico que não recebeu o reconhecimento que merece pelo público, talvez porque ele não é enxergado da forma que merece ser enxergado, com respeito por ser único no seu gênero, pois não há filme igual a este. Scott Pilgrim Contra o Mundo é o épico da epicidade épica e que deixará você com “lésbicas” pelo seu estilo empolgante, dinâmico e divertido a não ser que você tenha a mente fechada e a uma visão que não enxergue tão longe, mas quanto a isso fique tranqüilo, pois a diversão é garantida mesmo para os mais nós - cegos de todos e com certeza você terminará o filme já com a mão no botão RESTART*.

Nota: 10.

Scott Pilgrim Contra o Mundo

Scott Pilgrim vs The World

EUA, Inglaterra e Canadá, 2010 – 112 minutos

Direção: Edgar Wright

Roteiro: Edgar Wright, Brian Lee O’Malley, Michael Bacall


*Sem piadinhas com o lance do botão RESTART, ok?

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Encontro Explosivo.

Eu até curto comédias de ação, Sr. & Sra. Smith marcaram o início da minha era nerd. Eu achava aquele tipo de filme divertido e empolgante. Encontro Explosivo, que conta com Cameron Diaz no papel de June Havens e Tom Cruise como o agente secreto Roy Miller, é um filme do mesmo gênero sob direção de James Mangold, porém, acaba deixando de ser um filme de comédia de ação antes dos quarenta minutos iniciais.

A trama gira em torno do casal que por algum motivo que não é explicado no filme, acabam se encontrando e passam a ter suas vidas entrelaçadas, passando por muitas perseguições seguidas de perseguições que tem como objetivo dos perseguidores colocarem as mãos numa bateria com fonte de energia inesgotável. Os quarenta minutos iniciais empolgam e são cômicos, porém depois disso passa a ser um filme de ação com leves toques de humor. O filme fica dramático e sério, deixando de lado o humor de uma hora para a outra e tornando as cenas de ação como atração principal. Não é isso que se espera de um filme do gênero, queremos rir e ficar empolgados, pois é o fato de ser engraçado que ajuda na empolgação e empolgação por empolgação, já bastam os filmes normais do gênero de ação.

Isso não faz de Encontro Explosivo um filme ruim, faz dele um filme que se perde durante o enredo focando na ação e isso faz com que o filme caía na mesmice dos filmes de ação, evitando que ele se destaque no gênero, um destaque que podia ser alcançado facilmente se a história tivesse seu lado cômico mais explorado, pois o casal protagonista tem potencial pra isso. Ele é uma boa pedida pra casais, pessoas que estão doentes e entediadas (meu caso), mas não vá com muita sede ao pote pensando que este filme tirará Sr. & Sra. Smith do topo, pois ele não consegue, até poderia, mas não, não foi dessa vez que um filme de comédia de ação conseguiu chegar lá.

Nota: 7.

Encontro Explosivo

Knight and Day

EUA, 2010 – 109 minutos

Comédia de Ação

Direção: James Goldman

Roteiro: Patrick O’Neill